Geral

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

O Dia Internacional da Mulher celebrado neste dia 8 de março representa as conquistas dos direitos da mulher pelo mundo. Uma mobilização para discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais sofridas das mulheres.

Mas, especialmente hoje, o site Morro da Fumaça Notícias conta a história de uma mulher fumacense que vem realizando um trabalho digno e muito relevante: está levando o amor as pessoas carentes, através das fotografias.

A fotógrafa Mara Jane Saccon é filha do ex-prefeito Valdemar Saccon e de Janice Bortolatto Saccon, já falecidos.  Mesmo morando em Florianópolis há mais de 20 anos, Mara Jane ainda mantem suas raízes em Morro da Fumaça e foi por aqui que tudo começou. Desde pequena conviveu com a solidariedade dos pais pelos próximos. “Na nossa casa sempre tinha alguém pedindo ajuda na porta. E tanto o pai como a mãe ajudavam muitas pessoas, tantas que não sei enumerar”, conta Mara Jane. “Lembro-me da mãe transformando lençóis usados em fraldão para um senhor acamado, lavando roupa para a vizinha quando a filha dela nasceu, visitando doentes. São muitos exemplos dela”.

Depois que a mãe faleceu, Mara Jane começou a participar das atividades do Centro Espírita Humildade e Amor onde foi convidada a colaborar num grupo de pessoas que faz kits para grávidas carentes. “Por lá fiquei três anos. Foi então que comecei a faculdade de fotografia que era à tarde e chocava o horário”, conta.

A caminhada pelo trabalho voluntariado não parou por aí. “A semente deixada por meus pais falou mais alto e fui em busca de outro voluntariado e desta vez encontrei do lado da minha casa onde ajudei a cuidar de bebês”.

Há três anos Mara Jane participa do Projeto Resgate, em Florianópolis, onde trabalha com pessoas em situação de rua, crianças e suas famílias em comunidades carentes.

Solidariedade internacional

A vontade de ajudar as pessoas ultrapassou fronteiras e um oceano. O desejo de fazer voluntariado internacional foi tão forte que a fotógrafa se inscreveu em diversas instituições: Médicos sem Fronteiras, Cruz vermelha, ASN Brasil, Volunteer Vacations, missão África e outros.

“No ano passado a Volunteer Vacations me chamou para ir num grupo para o Líbano. Fizemos um voluntariado de atendimento médico e infraestrutura nos campos de refugiados com o “litro de luz” e captação da água até as tendas”, conta.

Através também da Volunteer Vacations Mara Jane esteve numa ação de saúde com a ONG Amparado Jardim Gramacho no maior lixão a céu aberto da América Latina, em Duque de Caxias/RJ. Quatro pediatras medicaram com vermífugo as crianças, atendendo também as mães.

“O meu voluntariado geralmente é com as fotografias. Fotografo para as Ongs que visitamos e que geralmente não tem verba para isso. Então, acabo enviando para quem vai junto e que precisa das imagens para diversos fins. Cada foto tem uma informação”, explica.

“Depois fui para Jordânia. Lá pintei uma sala que virou um salão de beleza para refugiadas sírias e iraquianas que aprendem maquiar, cortar cabelos, como geração de renda”. Na Índia, a fotógrafa participou de projetos com pessoas em situação de rua, Withe Windows, viúvas abandonadas e quatro escolas.

Recentemente, com o Projeto Resgate, Mara Jane esteve na África a convite do Padre Vilson Groh que já atua em Empada na área da saúde há oito anos. “Foi um sucesso, quase mil atendimentos em 14 dias”.

A lista de momentos marcantes para a voluntária é enorme. Mas, foi na sua passagem pela Índia que Mara Jane derramou muitas lágrimas. “Fui fotografar numa sala de aulas e tinha algumas crianças sem papel. Perguntei para voluntária por que e ela respondeu que a professora disse que era para dar papel só para quem tem lápis. Chorei muito. Comprei 40 lápis e dei para os alunos que não tinham. Mas só fui entender nesta viagem que estava usando as minhas referências e não as deles”, destaca. “Tem momentos bem difíceis que temos que usar a razão, mas às vezes fica impossível porque o coração fala mais alto”, finaliza.

As imagens capturadas neste trabalho voluntário representam muito para ela. “Sou apaixonada pela fotografia documental. Vou nessas ações e missões e uso as fotografias para mostrar a realidades dos lugares e acabo passando as fotografias para as Ongs, esta é uma das formas de voluntariar”.

A mensagem que Mara Jane deixa para quem quer ser voluntário. “Se você realmente tem vontade de fazer um voluntariado pesquise bem e vá em grupo. Quando você for, vá de coração e mente aberta pois irá se deparar com situações e cultura muito diferente das que costuma viver.”

E termina com a frase do padre Vilson Groh: “Somos gente simples, fazendo coisas simples em lugares não importantes que provocam transformações extraordinárias”.

Quem quiser conhecer o trabalho é só acessar o facebook e instagran.

Gabriela Recco / Foto: Laura Campanella
No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

Raul Aragão

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

Raul Aragão

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

Raul Aragão

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

Raul Aragão

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

Mariana Serra

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

Laura Campanella

No Dia da Mulher, a história de quem leva amor e solidariedade

Raul Aragão

You must be logged in to post a comment Login

Leave a Reply

Topo