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Bebê fumacense de “meio coração” completa um ano

Bebê fumacense de “meio coração” completa um ano
GABRIELA RECCO / Foto: Fabiano Patrício Fotografias

A pequena fumacense Helena Silveira Xavier completa um ano nesta terça-feira (14). Ainda na gestação, a bebê foi diagnosticada com a mais grave das cardiopatias, chamada de Síndrome da Hipoplasia do Coração Esquerdo (SHCE), onde o lado esquerdo do coração não se desenvolve. A patologia é popularmente conhecida como “meio-coração”.

Com uma doença incompatível com a vida e sem tratamento e especialistas na região, os pais Kelly e Lucas Xavier foram buscar uma chance em São Paulo em um hospital referência e com equipe especializada nesta doença.

Logo após nascer, com apenas oito dias, a menina já passou pela primeira cirurgia, que durou mais de sete horas. Após o primeiro procedimento e para melhor resultado, a pequena teve que permanecer no hospital entre UTI e internação até a realização da segunda cirurgia, que foi com quatro meses de vida. Somente após quase seis longos meses que Helena pode finalmente conhecer sua casa em Morro da Fumaça.

A doença de Helena necessita de três procedimentos e a menina ainda passará por mais uma cirurgia com idade prevista entre 3 e 4 anos. Mas para os pais, chegar até aqui já é motivo de muita comemoração. “O sentimento é de muita gratidão. Eu pedi muito a Deus que nos desse essa bênção, de trazê-la para casa, ter esse ambiente familiar, brincar com o irmãozinho Artur e tudo tem sido maravilhoso desde que chegamos. Ela está evoluindo muito bem”, comenta a mãe, Kelly.

O tratamento desta doença é considerado recente no Brasil. A primeira cirurgia com sucesso tem um pouco mais de 20 anos e ainda são poucos lugares no país em que realmente há bons resultados nas intervenções cirúrgicas.

“Até mesmo a equipe médica não sabe qual a expectativa de vida de uma pessoa com meio-coração. Aqui no Brasil a primeira paciente que passou por esses procedimentos tem um pouco mais de 20 anos. Em outros centros na Europa os primeiros pacientes já estão chegando aos 40. A medicina vai evoluindo com o tempo. Temos muita fé que ela vai passar bem a terceira cirurgia e terá uma vida longa e maravilhosa”, completa o pai, Lucas Xavier.

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