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Tipo que não enverga ante os vícios da política

Tipo que não enverga ante os vícios da política

Observando a cena política de Morro da Fumaça com mais atenção salta aos olhos uma característica do político de primeira experiência. Falo do tipo político que resiste e não enverga ante os vícios da política. Esta é a descrição que faço do prefeito Noi Coral. O seu primeiro mandato completa três anos daqui alguns dias e está por acabar, no ano que, sem que ele dê o melhor sinal de que possa “envergar”.

Diferente da maioria dos colegas, ele se mantém como entrou. Os ventos da oposição até já ameaçaram envergá-lo, mas nem a minoria na Câmara e sua vida solitária em se falando de partido deixam parecer que isso possa acontecer. Aliás, acho até que a “descolada” que ele tem da sua sigla está na medida certa para não permitir ser usado pelo partido, nem viver na dependência da sigla.

Noi Coral precisou do PP para se eleger e o PP precisou dele para assumir o município, nem por isso um está cobrando a conta do outro. Minha curiosidade é sobre as amarras que serão necessárias para repetir mandato. Se ele fizer uma nova campanha como fez a anterior e se fizer um novo governo como vem fazendo este, podemos inscrevê-lo na lista do que alguns pregaram na última campanha estadual e nunca puseram em prática, ou seja, a nova política.

Sendo sem ser

Reforça minha tese do “novo jeito de fazer política” o que o prefeito Noi Coral fez nesta terça-feira durante inauguração do CEI Honorata Pavei Maccari. No discurso lembrou que aquela era apenas a sua terceira inauguração, mas que teria muitas outras para fazer palanque e que não faz porque acha que não é mérito só seu, pois ali está o dinheiro do povo. Sem deixar de dizer ele disse. A maioria dos prefeitos repete “trocentas vezes” e monta até para inaugurar placa. Basta dizer uma vez bem dito.

Sobre pesquisas

Se em tempos de campanha eleitoral, com todas as regras da legislação, pesquisas já são postas sob suspeita, imagina quando elas são oferecidas por terceiros (que não o instituto). Me refiro daquelas que vez ou outra aparecem em folhetos, folhetins ou até em veículos respeitados. Este comércio em breve deve ser outro a aparecer pelas cidades como forma de incendiar o ambiente político. Em Morro da Fumaça não deve ser diferente. Aguardem e verão.

Aliás, sobre pesquisa

Durante um dos atos de inauguração, nesta terça-feira, o prefeito Noi Coral revelou que tem pesquisa de sua confiança e para consumo interno, que dão mais de 80 por cento de aprovação ao setor de Educação do município.

Novela segue

A intenção da prefeitura de Morro da Fumaça em contratar um consórcio contratado por quase metade dos Estados catarinenses para fazer um diagnóstico ambiental exigido segue “batendo na trave”, porque o prefeito tem minoria na Câmara de Vereadores. A oposição se esforça em argumentos que as vezes nem ela consegue explicar muito bem para não aprovar e o governo não aceita recuar no contexto da primeira proposta. Lembra a história de que “dois bicudos não se beijam”.

Não afrouxa

O diretor superintendente da Fundação Municipal de Meio Ambiente de Morro da Fumaça, Natan de Souza, tem a missão do prefeito de insistir no texto original, enquanto a oposição quer uma “mexidinha” sob o argumento do zelo absoluto sobre as coisas do município. Quem quer ver a batalha é só acompanhar as sessões da Câmara.

Candidaturas

O PSD definiu recentemente em encontro regional que o ex-prefeito Nado Maccari e a vereadora Lucilene Pagnan são pré-candidatos a prefeito em 2020. Embora muito próximos do MDB desde a eleição passada, os pessedistas batem na tecla de candidatura própria à majoritária.

Matemática

As mudanças na regra eleitoral com o fim das coligações e o aproveitamento diferente das sobras do quociente tem feito os partidos quebrarem a cabeça para construir nominata a vereador. Se as regras de 2020 tivessem sido aplicadas em 2016, o vereador Raimundo Marques, o Mundi (MDB), seria suplente, e Neize Bertan teria feito a segunda cadeira do PR, hoje PL.

E a cooperativa

Numa cidade com eleição de cooperativa, além da disputa municipal, é praticamente impossível separar as conversas. No caso de Morro da Fumaça, a eleição para prefeito acontece antes da Cermoful, marcada para o início de 2021.

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