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O que fará a diferença nestas eleições

O que fará a diferença nestas eleições

Não é Morro da Fumaça ou qualquer município da região carbonífera ou do Sul do país que está “atrasado” em relação ao processo eleitoral deste ano. E não é apenas por conta da pandemia, mas também por conta dela. Os partidos políticos não perderam tempo apenas em virtude da pandemia, mas o cenário político nacional ajudou a embaralhar o jogo.

A indefinição sobre a filiação do presidente Bolsonaro pode ser considerado o segundo item que mais contribui para isso. O sonho de alguns de que a onda 17 de 2018 se repita agora com outro número também mexe com os dispostos a entrar na luta. Nada disso contribui com a democracia e vida política em geral no país.

Mesmo que o parlamento federal decida manter as eleições para o dia 4 de outubro o prejuízo aos concorrentes dos atuais mandatários será inevitável. Quando a campanha começar os atuais já terão pavimentado um caminho de quatro anos. O desejo da mudança sempre existiu, mas a incerteza sobre a novidade será forte argumento de quem vai à reeleição.

Claro, o governador Carlos Moisés e alguns tantos que destoam e descolam do presidente Bolsonaro serão argumento forte para ameaçar a consciência de quem pretende apostar no novo. Exemplos de que o discurso de um novo jeito de fazer política não é garantia de acerto abundam.

Se tiverem tempo devem se dar bem aqueles que tem histórico de prestação de serviço e ficha limpa. São estas as credenciais do presidente Bolsonaro e não a sigla partidária. Já os demais manterão fidelidade às questões ideológicas como eleitores dos partidos de esquerda ou então a massa comprometida por outras razões.

Não basta ser do partido do Bolsonaro para tirar proveito da figura do presidente, pois é evidente que muitos fizeram isso nas últimas eleições, mas caíram na tentação das velhas raposas. Ser conhecido e não ter mancha no currículo são os maiores aliados dos candidatos de 2020.

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