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O povo sequer sabe que vai ter eleição

O povo sequer sabe que vai ter eleição

A contagem regressiva indica quatro meses para a eleição. Isso para todos os municípios brasileiros. E todos, como aqui em Morro da Fumaça, “tateiam” no escuro. Se a cena já era encardida imaginem com a presença do Coronavírus. Até agora, aqui na Fumaça como em outras cidades, as margens dos governantes atuais seguem largas, ou seja, mantém a vantagem natural da tal reeleição com a vantagem de antes, que era de uma campanha mais curta e de agora com o vírus ainda mais estranha.

Situação

Em cidades onde prefeito e vice são candidatos à reeleição adversários já largam em desvantagem. O conjunto de regras oferece isso. O país precisa urgente uma reforma eleitoral, mas que é a mais difícil de todas para sair, pois quem as deve fazer são os maiores interessados em manter o jogo favorável.

Vantagem eleitoral

Do jeito que estão as regras e a realidade, os atuais governantes só sofrem um tipo de risco de prejuízo, o destas ações que estranhamente repousam em gavetas e gabinetes e que de repente aparecem em tempos de eleição. Foi o que aconteceu recentemente em Criciúma e que pode aparecer em qualquer cidade. Afora isso, os donos atuais das cadeiras são beneficiados pelo sistema.

Oposição

Não é para menos que partidos de oposição encontram dificuldade gigante para se posicionarem. Boa parcela do povo não sabe nem que vai ter eleição, muito menos em qual dia e o que dizer então sobre as candidaturas. Pior do que este conjunto de dificuldades está o fato de que hoje oferecer-se para preencher uma vaga a ser completada nas eleições parece ser um atestado de idoneidade. Quer descobrir sobre a sua vida o que nem você sabe, candidate-se. Seja para qual for o cargo.

Democracia

Uma das coisas mais lindas da democracia é o direito paritário da escolha. Um voto vale um. Do jeito que estão encaminhadas as coisas na nossa realidade a proporção não é essa. E dizer o que se este povo que sequer sabe que vai ter eleições, no dia irá votar em alguém?

Democracia II

Por isso, não estranhe que definições de candidaturas agora não vão além de algumas publicações em páginas de redes sociais e algumas curtidas. Isso é regra. Está valendo em todos os lugares do país. Ao escrever sobre eleição pensei que teria farto material. Me dei mal.

MDB

A definição do MDB, que terá candidato a prefeito o médico Moacyr de Costa Júnior, o Juninho, é o que temos de mais relevante fora a decisão estrategicamente não anunciada do atual prefeito e vice. O PSDB segue tentando viabilizar uma candidatura a prefeito. Já sobre o PSD continua a incógnita.

Barulho insuficiente

É obvio que se formos pelas redes sociais e o som das caixas de som das Câmaras de Vereadores não faltam previsões catastróficas e ameaças aparentemente barulhentas. A questão é que para fazer eleito numa eleição é preciso que o barulho de bastidores se mostre denso o suficiente para provocar alguma coisa mais do que comentários. E assim a gente vai contando cada dia um dia menos para as eleições, sem grandes novidades.

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