GABRIELA RECCO
Se em 44 cidades de Santa Catarina nenhuma mulher foi eleita vereadora, em Morro da Fumaça a realidade se mostrou bastante diferente no último domingo (15). A partir de 2021, a Câmara de Vereadores terá três representantes: Simoni Almeida, Jorgia Guglielmi e Silvana de Vasconcelos.
Simoni Almeida foi eleita com 580 votos pelo Progressistas, a mais votada entre as mulheres. “Sentimento de gratidão a todas as pessoas que confiaram a mim a função de representá-las nos próximos quatro anos. Dizer que foi gratificante participar desta eleição, pois aprendi muito nas visitas que fiz e só tenho a agradecer a todos”, coloca.
Jorgia Guglielmi fez 496 votos, sendo a única eleita pelo PSDB. Além disso, é a vereadora mais jovem a se eleger na história de Morro da Fumaça, com 34 anos de idade. “Felicidade e gratidão a Deus. Gratidão, por todas as pessoas que me receberam nas suas casas me escutaram e confiança em mim. Sou imensamente grata por todos que depositaram seu voto de confiança e me escolheram para representá-los no legislativo de Morro da fumaça”, afirma Jorgia.
Silvana de Vasconcelos conquistou 297 pelo MDB. “Sentimento de esperança e responsabilidade. É muito importante respeitar cada cidadão fumacense e o voto que representa”, expressa.
A mulher na política
A realidade de Morro da Fumaça também é bem diferente do Brasil, onde 948 cidades não terão nenhuma vereadora e até mesmo dos 1185 municípios onde apenas uma mulher foi eleita.
“Quanto maior a participação feminina na política melhores serão os benefícios para a população e mais igualitário será o nosso país. Nos próximos quatro anos, um terço da Câmara de Vereadores será ocupada por mulheres, e poderemos contribuir muito na tomada de decisões”, revela Simoni Almeida.
“Acredito que a participação da mulher na política tem uma grande importância, uma vez que é necessário representatividade feminina a fim de enaltecer a força da mulher diante do cenário político. A participação feminina na política não deve ser restrita ao ato de votar. Em nosso país, nós mulheres, somos maioria em população, porém, esse número não corresponde aos cargos de decisão. Nesse sentido, precisamos, cada vez mais, acreditar, possibilitar e enaltecer a ocupação feminina no cenário político, a fim de evidenciar a força da mulher e sua importância”, assegura Jorgia.
“A alternância de poder se faz necessária, especialmente, quando se trata de incluirmos a figura da mulher. Não basta apenas o poder (títulos), é necessário ocuparmos também espaços de decisão. A sensibilidade da mulher faz com que ela desenvolva empatia. Diante do atual momento em que vivemos, pensar na necessidade do outro como se fosse a sua faz toda a diferença”, pontua Silvana de Vasconcelos. “Sei que não vamos mudar o mundo, mas se conseguirmos melhorar a vida em nossa cidade já terá valido a pena”, acrescenta.
A atuação no Legislativo
Neste atual mandato nenhuma mulher foi eleita vereadora, e duas suplentes Lene Pagnan e Renatinha Rocha assumiram ao longo do período. Na Legislatura passada, duas mulheres haviam sido eleitas, Danda Pagnan e Maria Bortolin. Agora, 33% da Câmara será composta por elas.
“Minha atuação será pautada pela transparência, zelo ao recurso público, fiscalização e na convergência pela busca constante de fazermos o melhor por nossa cidade”, adianta Simoni.
“Minha atuação vai ser pautada na transparência e comprometimento com o desenvolvimento do nosso município, bem como com a qualidade de vida do povo fumacense”, antecipa Jorgia.
“Me sinto preparada para representar os interesses da população perante o poder público. Fiscalizar as ações do Poder Executivo, fortalecer as políticas públicas através de projetos de lei e emendas parlamentar para o desenvolvimento econômico, político e social da nossa cidade”, conclui Silvana.
