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Fumacense curada vira devota de São Brás

Fumacense curada vira devota de São Brás
GABRIELA RECCO

Na próxima segunda-feira, 3, é comemorado o dia de São Brás e para lembrar a data o Morro da Fumaça Notícias conta a história da fumacense Maria da Glória Rodrigues, que há 22 anos perdia a sua voz e recebia um milagre. O santo ficou conhecido porque retirou, após uma breve oração, um espinho da garganta de uma criança.

“Eu não conseguia falar e sentia muitas dores na garganta. Até levantava falando, mas no decorrer do dia eu ia perdendo a voz. Então procurei um médico otorrino e ele me disse que estava tudo certinho, que não sabia o que tinha nas minhas cordas vocais. Cogitou até em fazer cirurgia, mas sem saber ao certo o que havia na garganta”, conta. “Fiquei preocupada e procurei outro otorrino, em Florianópolis. Este me disse que as cordas vocais estavam bem comprometidas e com um cisto enorme e que precisava de cirurgia, pois em dois anos eu não falaria mais nada”, lembra Glorinha.

Ela conta que voltando de Florianópolis para Morro da Fumaça veio conversando com Deus. “Ali fiz um voto pra Ele, com intercessão de São Brás, pelas minhas cordas vocais. Que se eu voltasse a falar iria me dedicar a louvar a Deus, tocar algum instrumento e cantar até o dia da minha morte”, explica.

O milagre

Ela começou a fazer as novenas, mas não conseguia rezar o terço. “Fui insistindo. Nunca deixei de rezar. Até que um dia eu consegui um décimo. Foi uma alegria. No outro dia consegui mais um e assim foram alguns dias. Quando eu consegui os cinco décimos, choramos em família. Agradecemos muito a Deus. A minha voz estava voltando. Eu recebi a graça. A minha voz foi melhorando a cada dia e eu não sentia mais dor”, relembra.

Depois de alguns meses ela entrou na aula de teclado e falou para o professor que não sabia se teria voz pra cantar, mas que gostaria de aprender. “Era muito difícil. Tive vontade de desistir, mas segui firme. Nesse meio tempo das aulas, voltei ao otorrino para ver como estavam as cordas vocais. Ele me perguntou se havia feito algo e eu disse que não. Então, realmente você recebeu um milagre, o médico me disse. E ali tive a certeza do milagre de Deus”, agradece.

Após um ano na aula de teclado, Glorinha começou a cantar. Como ela mesmo diz, não era uma voz de ópera, mas sempre agradecia pela voz que tinha. De lá para cá, não parou mais de cantar, louvar e agradecer a Deus.

“Mas nesses anos todos que estou cantando passei por muitas outras provações. Quebrei minha perna, mas mesmo com gesso não deixei de cantar um final de semana nos encontros religiosos. Fui até de cadeira de rodas, de muleta. Estava aí a provação que Deus quer de nós. Exige muito esforço, dedicação e fé. Foram três anos para recuperar minha perna e nunca deixei de cantar”, pontua.

Padroeiro de Linha Torrens

Devota de São Brás até hoje, ela canta todos os anos na missa de São Brás, na comunidade de Linha Torrens, onde também é padroeiro ao lado de Nossa Senhora do Carmo. “A missão continua. Foi uma vitória muito grande. Por isso agradeço muito”, finaliza.

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