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Casal do Bairro Naspolini acompanha o desenvolvimento de Morro da Fumaça

Casal do Bairro Naspolini acompanha o desenvolvimento de Morro da Fumaça
Gabriela Recco / Vídeo: Felipe Arcenio

Foi numa terça-feira de Carnaval do ano de 1975 que o casal Márcio Marques e Maria Euzélia Soares Marques, com dois filhos pequenos, chegava em Morro da Fumaça, vindos da vizinha Criciúma. “Viemos morar aqui a convite do empresário Otávio Naspolini (in memorian). Eu trabalhava no ramo cerâmico”, relembra Marcinho, como é mais conhecido. No dia em que Morro da Fumaça completa 60 anos de emancipação político-administrativa, eles relembram histórias que acompanham o desenvolvimento da cidade.

Naquele longínquo primeiro semestre de 1975, foram três meses indo e vindo de ônibus entre Criciúma e Morro da Fumaça. “Cansei de andar naquela estrada que na época era de chão batido e cheia de ondulações. Aí, decidimos, ou ficamos morando aqui ou largo o emprego. Acabamos vindo para cá”, conta Marcinho.

Dona Euzélia fala com orgulho da construção da própria casa. “Eu fui servente do pedreiro para construir essa casa. Do início da primeira pedra até na laje. Eu queria sair do aluguel e nem esperei terminar tudo. Quando já estava levantada e coberta, com banheiro, nos mudamos. Carreguei a mudança com uma carretilha. Só deixei os mais pesados para o Marcinho, guarda-roupa e geladeira”, explica ela, que nesta época já estava com a terceira filha, com apenas três meses de idade.

O bairro Naspolini

O casal acompanhou desde então o desenvolvimento do bairro, hoje o mais populoso de Morro da Fumaça, o bairro Naspolini. Entre as empresas que tinham na época, a empresa Moliza Revestimento Cerâmico foi a de grande destaque e era onde seu Marcinho, mesmo depois de aposentado, continuou contribuindo.

“Aqui não tinha nome de rua, na verdade só uma, a Valmor Naspolini. Essa aqui era a rua da cerâmica, a de lá que é Expedicionário”, recorda.

O casal lembra dos primeiros moradores, os primeiros comércios. Lembra da Escola Municipal Vicente Guollo com apenas uma sala de aula. E, aos poucos o bairro ia crescendo. Ganhou um time de futebol, uma igreja católica, um salão de festas, uma associação de moradores. E os dois, claro, sempre envolvidos com a vida em comunidade, participando também, da Pastoral da Criança e da catequese.

Em 1990 acontecia a primeira festa de São José Operário. “Fomos um dos fundadores da igreja. Colocamos a primeira pedra, mas antes de continuar a construção da igreja, construímos o salão de festas para fazer eventos e angariar recursos para construir a igreja”, lembra Marcinho.

Família

A família é um bem precioso para o casal. Os cincos filhos: Márcia, Marcelo, Michele, Mariana e Manuela e seis netos foram criados no bairro Naspolini, e, mesmo hoje, morando em outros bairros, o Naspolini continua sendo a paixão. “É uma vida toda dedicada ao bairro. Uma história. Nossos filhos também estão levando. A gente criou bem os filhos aqui”, conta dona Euzélia. “A gente se enraizou, se apegou, construiu”, completa.

Futuro

Seu Marcinho acredita no crescimento da cidade, na nova geração, e entende que não adianta só ter novos empregos, precisa da mão de obra qualificada. “Os pais devem se dedicar mais aos seus filhos, buscar qualificar mais esses jovens e ajudar a cidade a crescer. Morro da Fumaça é uma cidade boa de se viver”, destaca ele. “Não precisa ir muito longe para trabalhar. É só se dedicar aos estudos”, finaliza.

Dona Euzélia concorda com o marido e, também confia na juventude e acredita que Morro da Fumaça será ainda melhor de viver.

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