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Autoflagelo em Morro da Fumaça

Autoflagelo em Morro da Fumaça

O que se assiste na maioria das cidades, e em Morro da Fumaça não é diferente, eu defino como autoflagelo dos poderes. É o que ocorre quando temos uma queda de braço de segunda intenção entre Executivo e Legislativo. Quando estes dois brigam por brigar, quem perde é um terceiro, o cidadão. Na guerra pelo Poder destrói-se a cidade a qualquer custo.

Até agora tem sido suportável a disputa entre governo e oposição, quase sempre no ringue da Câmara de Vereadores, mas se isso continuar no ímpeto, velocidade e intensidade atuais, o município perde. Este texto poderia ser para qualquer outra cidade, mas cabe bem em Morro da Fumaça. E aqui não se trata de prato mais pesado no lado da oposição ou de situação, nesta balança. Os equívocos decorrentes da briga política não levam a lugar nenhum.

Dizendo o óbvio

Nem precisava dizer, mas é bom lembrar que a leitura que faço aqui na coluna, sobre Morro da Fumaça, não se trata de juízo de quem vive a cidade todos os dias. Ressalta-se que a proposta é dar aos leitores uma interpretação do externo. O próprio Morro da Fumaça Notícias, aqui, oferece a leitura e as informações do “aqui de dentro”. Há opções de quem vive o “aqui dentro”. Julgo importante escrever com o olhar de fora para não ser contaminado, porque o cidadão “da Fumaça” sabe que viver na cidade é ter posição. Ou por algum interesse ou por simples contaminação do convívio a opinião sofre prejuízo.

Segue fumaceando

O assunto do “tal” prejuízo reclamado pelo governo no contrato do consórcio da área de meio ambiente segue rendendo e como escrevi na semana passada, o governo não pretende afrouxar e até convoca a população para ocupar a Câmara. Já a oposição reforça a sua posição de não aprovar quando cobra mais explicações. Quer dizer com isso que não aprovou porque não entendeu o suficiente.

O que vem por ai

Nos próximos dias deve ganhar pauta na Câmara a votação da prestação de contas da prefeitura. O Tribunal de Contas do Estado aprovou com ressalvas. Esta palavra “ressalvas” pode ser argumento para a oposição reprovar as contas. Há quem pode achar que prefeito com contas reprovadas está inelegível. Não é assim. No caso em pauta o TCE não apontou improbidade ou má fé. Mesmo que tivesse apontado isso, um bom trabalho jurídico não tiraria o prefeito da disputa. Quer dizer, sempre haverá uma pauta para colocar lenha na fogueira.

Parecido

Nessa guerra de argumentos fica parecido com o que se dá nos bastidores da cooperativa Cermoful, onde até então a aquisição de subestação era tratada como endividamento, mas que até 2021, quando ocorrer a eleição do conselho de administração, pode virar “patrimônio”, se a conta estiver paga.

Nos tribunais

A transferência de servidores da área de saúde feita pelo governo municipal vai estar em pauta no Judiciário hoje. É julgamento de primeiro grau. O tema é forte e vai dar argumento para as partes, mas a novela não vai terminar agora.

Reação do presidente

Na última sessão da Câmara de Vereadores o presidente Tiago Minatto (MDB) elevou o tom do discurso disparando contra o prefeito Noi Coral (PP). Reagiu ao que classificou de “exposição” dos vereadores quando o governo divulgou que a reprovação do projeto do Consórcio “CinCatarina” trouxe prejuízo de R$ 300 mil ao município. Como chefe do Poder Legislativo nem poderia ter reagido diferente, senão em defesa da casa que comanda.

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