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Vigilância Sanitária orienta sobre combate ao caramujo africano

Vigilância Sanitária orienta sobre combate ao caramujo africano
Daiana Carvalho / PMMF

Praga serve de hospedeiro de parasitas causadores de zoonoses.

Após denúncia realizada por um morador da região central de Morro da da Fumaça, a Vigilância Sanitária do município iniciou, nesta semana, uma ação de conscientização e orientação sobre o combate ao caramujo africano. Munidos de material informativo sobre o tema, os profissionais estão visitando os imóveis próximos ao local onde o molusco foi encontrado para orientar e alertar sobre os perigos associados.

Segundo a coordenadora da Vigilância Sanitária de Morro da Fumaça, Patrícia Satiro Zanette, o foco da mobilização é esclarecer sobre o problema e informar sobre como proceder. “A Vigilância Sanitária não elimina os caramujos, o trabalho do departamento visa a orientação e notificação para que a praga seja removida”, destaca.

O molusco terrestre, popularmente chamado de Caramujo Africano, foi introduzido no Brasil ilegalmente. Por não possuir predadores naturais no país, se reproduz descontroladamente, sendo uma das piores espécies invasoras, causando impactos ambientais, econômicos e de saúde pública. “É uma praga que apresenta elevada taxa de crescimento e reprodução, servindo também como hospedeiro de vários parasitas que causam problemas de saúde sérios, como a meningite, por exemplo”, alerta a secretária de Saúde, Marijane Felippe.

O combate do caramujo africano acontece através da eliminação da concha que o envolve e dos ovos. “Devido ao risco de intoxicação às pessoas e animais, não se deve utilizar veneno. Armazenado dentro de um buraco ou em um recipiente, o caramujo africano precisa ser esmagado com o auxílio de algum objeto e em seguida, para eliminar os ovos que estão em desenvolvimento, deve ser colocado cal ou sal, e depois enterrado”, frisa a agente de Endemias, Rute Laurentino Martinez.

A temporada de calor, com maior incidência de chuva, é o período ideal para a reprodução da espécie. A população deve ficar atenta a terrenos com a presença de vegetação abundante. “Eles costumam ficar em canteiros, locais úmidos, por isso a importância de lavar bem frutas e hortaliças. Para eliminar a praga é necessário utilizar sempre luvas. Se ocorrer contato acidental, a pessoa deve lavar bem o local com água e sabão”, esclarece a profissional.

O caramujo africano não deve ser confundido com as espécies brasileiras. A concha da praga é mais alongada e pontiaguda, e apresenta coloração mais escura. Matar moluscos nativos é considerado crime ambiental e pode resultar em desequilíbrio biológico. Em caso de dúvidas e orientações, a população deve contatar a Vigilância Sanitária através do telefone (48) 3434-2442.

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