Redação
A forte ressaca registrada nesta terça-feira (29) atingiu em cheio as cidades litorâneas de Santa Catarina. Em Balneário Esplanada, Jaguaruna, e outras localidades do Litoral Sul, o mar avançou sobre as primeiras ruas próximas à orla, provocando alagamentos, danos estruturais e preocupação entre moradores e comerciantes da faixa costeira.
De acordo com a Defesa Civil de Santa Catarina, os ventos permanecem intensos durante o dia, com rajadas de sul/sudoeste chegando a 70 km/h na metade leste do estado, podendo ultrapassar os 80 km/h no Litoral Sul e na Grande Florianópolis. O mar segue bastante agitado, com ondas entre 3,5 e 4 metros na costa e picos de até 5 metros nas áreas mais críticas do litoral, além de até 6 metros em alto-mar.
O órgão estadual classificou o risco para ocorrências associadas à agitação marítima como alto a muito alto, especialmente para atividades como pesca, navegação, esportes náuticos e em pontos sujeitos à erosão costeira. Em Balneário Esplanada, moradores relataram a chegada das águas do mar até as primeiras quadras residenciais, afetando calçadas e estruturas à beira-mar. “O mar está agitado, com a maré alta desde ontem. A água invadiu a nossa rua”, conta a moradora, Audiete Sartor.
Em Jaguaruna, as equipes da Defesa Civil e da Secretaria de Obras atuaram desde as primeiras horas do dia. Segundo o coordenador municipal da Defesa Civil, Adriano Izaias, o trabalho de monitoramento e limpeza já foi iniciado em pontos críticos. “O mar continua agitado e a tendência é de aumento durante a tarde. Equipes da Secretaria de Obras já estão em alguns balneários, como o Copa 70, onde o mar invadiu até a segunda rua. Estamos atuando com intervenções pontuais e preparando a limpeza que deve ser feita assim que a ressaca cessar”, explicou.
A Defesa Civil recomenda que embarcações de pequeno porte permaneçam em terra firme e que qualquer movimentação na orla seja evitada até a normalização das condições do mar e dos ventos, prevista apenas para os próximos dias. A orientação é reforçada em todo o Litoral Sul, com atenção especial para regiões com histórico de vulnerabilidade durante ressacas e marés altas.
