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Jovem fumacense enfrenta câncer de mama e reforça a importância do diagnóstico precoce

Jovem fumacense enfrenta câncer de mama e reforça a importância do diagnóstico precoce
Gabriela Recco

A campanha Outubro Rosa reforça, todos os anos, a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Por trás dos laços e das campanhas de conscientização, estão histórias reais de coragem, fé e superação como a da fumacense Letícia Fernandes da Silva, de 29 anos, que enfrenta o câncer de mama com força e esperança.

Letícia descobriu o câncer de forma simples, durante o banho. “Passei a mão pela mama e senti um caroço. Estranhei porque não havia percebido antes, e era bem grande. Chamei minha mãe, que também sentiu, e decidi ir ao hospital no dia seguinte”, relembra.

Após o ultrassom e a consulta com o mastologista, veio a recomendação da biópsia. Um mês depois, no dia 23 de junho de 2025, ela recebeu o diagnóstico de câncer de mama. “Nos primeiros dias eu me desesperei. Chorei muito e achei que ia morrer, mas logo percebi que precisava agir. Marquei os exames, procurei uma psicóloga e contei aos meus amigos e colegas de trabalho, porque sabia que ia precisar de apoio”, conta.

O desafio de enfrentar a doença aos 29 anos

O diagnóstico veio cedo, aos 29 anos, uma idade em que muitas mulheres ainda não se imaginam lidando com uma condição como essa. “Eu via casos de outras mulheres, mas nunca imaginei que pudesse acontecer comigo. Pensava que poderia ter outros problemas de saúde, mas não um câncer de mama”, afirma.

Mesmo com o medo e a surpresa, Letícia decidiu não se deixar abater. “Continuei trabalhando, seguindo com o tratamento e buscando forças na minha família e nos amigos”, coloca a analista de rotinas trabalhistas.

A força da família e dos amigos

A rede de apoio foi essencial para que ela mantivesse o equilíbrio emocional. “Minha família e meus amigos foram e estão sendo fundamentais. Eles acreditam em mim, me lembram todos os dias que tudo vai ficar bem. Na semana em que descobri o câncer, minha melhor amiga me levou para viajar. Aquilo me fez ver que a vida continua, que posso viver normalmente, com algumas restrições, mas com alegria”, relata.

O acompanhamento psicológico também tem sido um pilar importante no processo. “Conversar com minha psicóloga me ajuda a entender meus sentimentos e perceber a força que eu tenho dentro de mim”.

Tratamento e aprendizado

Letícia está em tratamento e conta que, apesar das dificuldades, o processo tem sido mais tranquilo do que imaginava. “A quimioterapia é menos invasiva do que eu pensava. A equipe do hospital é maravilhosa e faz cada sessão ser leve. Tenho algumas reações, como cansaço, irritações na pele e gosto ruim na boca, mas sigo firme”, diz.

Durante o tratamento, ela aprendeu o quanto a prevenção e o diagnóstico precoce podem salvar vidas. “Quando o câncer é descoberto cedo, o tratamento é mais simples e as chances de cura são muito maiores. Por isso, o autoexame é essencial, mesmo que dê medo. É melhor descobrir no início do que deixar o tempo passar”.

Após o diagnóstico, Letícia passou a ver a vida com mais leveza. “Hoje eu me cobro menos. Entendi a importância de viver momentos com as pessoas que amo e cuidar mais de mim, da minha saúde física, emocional e mental. Quero aproveitar cada momento e realizar meus sonhos”.

A importância do Outubro Rosa

Para Letícia, campanhas como o Outubro Rosa são fundamentais. “Elas nos lembram de cuidar da saúde e mostram que o câncer tem tratamento e cura. É também uma forma de inspirar outras mulheres a não terem medo de se cuidar e buscar ajuda quando algo parece diferente”.

Letícia espera que sua história motive outras mulheres a prestarem atenção no próprio corpo e não deixarem o medo paralisar. “Façam o autoexame, mesmo com medo. O câncer de mama pode acontecer em qualquer idade e pode surgir de repente. Mas quando é descoberto cedo, o tratamento é mais fácil e as chances de recuperação são maiores. Não deixem a correria do dia a dia impedir vocês de se cuidarem”, conclui.

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