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Caminhoneiro de Morro da Fumaça vê “cenário de guerra e tristeza” no Rio Grande do Sul

Caminhoneiro de Morro da Fumaça vê “cenário de guerra e tristeza” no Rio Grande do Sul
Gabriela Recco

Uma viagem simples feita no mesmo dia entre Soledade e o Porto de Rio Grande, que liga a Lagoa dos Patos ao Oceano Atlântico, virou uma eternidade para Renato Teixeira. O caminhoneiro de Morro da Fumaça carregou em Soledade e começou o trajeto dentro do Estado do Rio Grande do Sul no início da semana. Mas próximo a cidade de Sinimbu a queda de uma barreira impediu o prosseguimento.

“Carreguei e logo na serra de Sinimbu caiu uma barreira e fui obrigado a parar e esperar limpar. Faço esse trajeto de 500 quilômetros em 10 horas, mas acabei levando quatro dias. Vi coisas absurdas nesse caminho. Imagens de fim de mundo em Sinimbu, Vera Cruz e Rio Pardo. Um desastre total, uma tristeza. Casas caídas, em muitos lugares só era possível ver o telhado”, relata Teixeira.

Além das estradas praticamente intransitáveis, o fumacense presenciou muita tristeza pelo caminho. “Máquinas completamente embaixo d’água, o povo catando o que sobrou das enchentes. Foi absurdo. Coisa feia mesmo”, acrescenta. “Felizmente consegui chegar ao porto em São José do Norte e já estou na estrada novamente a caminho de São Gabriel para carregar”, pontua. “Chove muito ainda, a região metropolitana de Porto Alegre está debaixo água neste momento”, finaliza.

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