GABRIELA RECCO
Uma moradora de Morro da Fumaça perdeu R$ 33 mil após cair no golpe do falso advogado. A vítima, que prefere não se identificar, relatou que foi enganada após receber mensagens de um número que acreditava ser de seu advogado, tratando sobre um processo judicial em andamento. O contato, no entanto, havia sido clonado, e ela acabou realizando diversas transferências para contas de criminosos.
“Recebi uma mensagem dizendo que meu processo tinha nova movimentação e um despacho favorável à minha causa. Ele se passou por meu advogado e disse que precisaríamos fazer uma chamada de vídeo para continuar o andamento. Inclusive, me mandou o processo com os dados e símbolos da Justiça”, contou.
Horas depois, a mulher participou de uma chamada de vídeo com pessoas que se apresentavam como representantes da Justiça, enquanto o falso advogado continuava enviando mensagens, orientando-a a seguir as instruções. “Eles foram fazendo perguntas e sabiam tudo sobre minhas contas, bancos e aplicações. Foram me induzindo, mandando códigos, e eu, ingenuamente, fui fazendo PIX seguidos, até perder R$ 33 mil”, lamenta.
Abalada, ela contou que ainda tenta se recuperar do ocorrido. “Fui muito ingênua, mas foi uma lavagem cerebral. A pessoa estava de terno e gravata, tudo parecia muito real”, relatou. Assim que percebeu o golpe, a vítima procurou a Polícia Civil e registrou um Boletim de Ocorrência, além de comunicar os bancos envolvidos. “Espero reaver meu dinheiro. Esse valor seria utilizado para trocar meu carro”, concluiu.
Na terça-feira (21), a Polícia Civil de Morro da Fumaça emitiu um alerta sobre o golpe do falso advogado, em que criminosos se passam por advogados ou funcionários de escritórios jurídicos para enganar e extorquir vítimas, utilizando documentos e informações aparentemente verdadeiras para dar credibilidade à fraude.
“A Polícia Civil reforça que não há cobrança de valores antecipados para liberação de créditos judiciais e orienta a população a desconfiar de contatos que solicitem qualquer tipo de pagamento antecipado. Informar-se e denunciar são as melhores armas contra esse tipo de crime”, destacou a delegada Tainá Greselle Carlesso.