Redação
Na Escola Profissional Municipal Idalina Machado de Freitas, a professora Viviane Gomes Guerreira inspira alunos e mostra que ensinar é também um ato de amor e esperança.
O Dia do Professor, celebrado neste 15 de outubro, é um convite para reconhecer o papel essencial de quem dedica a vida a ensinar. Em cada sala de aula, nascem histórias todos os dias e sonhos que ganham força pelas mãos de educadores comprometidos com o futuro. Entre essas histórias está a da professora Viviane Gomes Guerreira, de 39 anos, que transforma vidas por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em Morro da Fumaça.
Com olhar atento e coração sensível, Viviane acolhe alunos que decidiram recomeçar os estudos depois de anos longe da escola. São pessoas que trabalham o dia inteiro e chegam à sala à noite, cansadas, mas cheias de vontade de aprender. Ali, cada caderno aberto e cada palavra escrita representa uma conquista.
“O que me motivou foi a minha própria história. Um dia, eu também precisei voltar a sonhar e recomeçar depois de muito tempo. A faculdade foi um sonho que parecia distante, mas que Deus trouxe de volta ao meu coração. Hoje, estar na Educação é viver esse sonho todos os dias. Trabalhar com a EJA é especial, mas a Educação como um todo é transformadora, porque em cada sala, em cada história, há uma vida sendo tocada”, disse.
Viviane explica que a rotina é desafiadora, mas repleta de significado. “A sala é multisseriada, com alunos em diferentes níveis, histórias e idades. Cada dia é uma troca de ensino, mas também aprendo muito. São várias histórias de superação, pessoas que desejam aprender a tirar a carteira de motorista, ler uma placa ou escrever o próprio nome. São pessoas que enfrentam o cansaço e as dificuldades, mas acreditam que ainda podem mudar suas histórias”, relatou.
Na EJA, o conteúdo vai além das disciplinas. Ensinar é coragem, recomeço e acreditar novamente. Viviane vive isso todos os dias ao lado de alunos que se redescobrem capazes. “Os desafios são lidar com as diferenças, o desânimo que às vezes aparece e as limitações de tempo e de recursos. Mas as recompensas são infinitas. Ver um aluno lendo suas primeiras palavras, assinando o próprio nome ou simplesmente dizendo ‘agora eu entendi’ é algo que toca profundamente o coração”.
Para ela, ser professora é mais do que transmitir conhecimento. É construir pontes, cultivar sonhos e deixar marcas que ultrapassam o tempo. “Ser professora, para mim, é propósito, é amor. Sempre penso em que tipo de professora serei lembrada, porque de alguma forma a gente passa na vida dos alunos, e eles vão lembrar. Ser professora é cultivar sonhos, ser ponte; é muito mais do que ensinar português e matemática, é ensinar com amor, incluindo e transformando vidas”, finalizou Viviane.
